devir revolucionário permanente
Reivindicamos o estado do pestífero cujo corpo, desorganizado e privado de suas funções vitais, ou perece ou se transfigura. Reconhecemos na relação com o outro um fator de vida necessário e um pacto inegociável e, por isso, em nós mesmos, o compromisso ativo nesta equação vital. Que todos possam florescer e ser o impossível da natureza é nossa urgência.
É com essas estranhezas, esses mistérios, contradições e aspectos que se deve decompor a fisionomia espiritual de um mal que corrói o organismo e a vida até a ruptura e o espasmo, como uma dor que, à medida que cresce em intensidade e se aprofunda, multiplica seus acessos e suas riquezas em todos os círculos da sensibilidade.
Antonin Artaud
A Peste é uma revista digital de delicadezas e revoltas.
